quarta-feira, 20 de junho de 2012

Muito além da mídia cruzada

        
Para começar colocando os pingos nos i’s, este post tem a finalidade de definir e situar todos a respeito do tema escolhido por nós, que norteará todos os posts seguintes deste blog. Muito fala-se sobre crossmídia e transmídia na atualidade, mas, ainda sim, pouco sabe sobre suas definições, distinções e similaridades. Portanto, tentaremos esclarecer e explicar um pouco mais sobre o tema, que será direcionado, principalmente, à publicidade.
Crossmídia (ou cross media em inglês), é um conceito relativamente novo, nascido na década de 90. Com o desenvolvimento acelerado de novos meios de comunicação como os dispositivos portáteis e a internet, houve uma necessidade de dissipar o conteúdo publicitário para todas as plataformas de comunicação existentes. Se formos levar a palavra cross media ao pé da letra, seu significado seria reduzido para mídia cruzada. Entretanto, não é tão simples assim. O cruzamento entre as mídias é realizado levando-se em consideração as especificidades de cada meio, adaptando-se o conteúdo, sem perder a sua essência. 
Com a amplificação das mídias, o mercado publicitário enfrentou o desafio de adaptar sua mensagem com eficácia em cada uma delas. Marshall McLuhan, grande pensador da Comunicação, buscou identificar as diferenças de cada um dos meios de comunicação. Levando em consideração essas diferenciações, o campo publicitário apostou no cross media para ampliar suas possibilidades mercadológicas e alcançar os consumidores com mais intensidade. 

 O cross media amplia as possibilidades mercadológicas e consegue alcançar de forma mais eficaz o público alvo 
Segundo Carlos Castilho, mestre em Mídia e Conhecimento, pelo Programa de Engenharia e Gestão do Conhecimento, da Universidade Federal de Santa Catarina,  no site Observatório de Imprensa, há uma certa confusão entre a expressão multimídia e cross media. Multimídia se trata de mais de uma mídia em uma mesma narrativa, enquanto cross media é um conceito ligado ao processo de transição de uma mídia para outra, ou seja, a “ponte” entre elas, que passam a estar interconectadas. O mais importante, portanto, não é a adaptação para os diferentes meios e sim de que forma eles estão ligados, ou sejam, se cruzam.
A necessidade do público de buscar por informações acerca de um determinado assunto torna-se crescente e as pessoas desejam incrementar o conteúdo e aprofundar-se nas histórias, cada vez mais. É aí onde entra o conceito transmídia (ou transmedia, em inglês), uma variação mais elaborada do crossmídia. Partindo-se do pressuposto de que o público é participativo, interessado e interativo, a narrativa transmidiática constrói mundos distintos, com ampla participação dos receptores da mensagem. 
“Uma história transmídia se desdobra através de múltiplas plataformas de mídia, cada qual com um novo texto, fazendo uma contribuição distinta, valiosa para o todo”
Afirmou Herny Jerkins sobre as narrativas transmidiáticas, termo que criou em seu livro Cultura da Convergência. O ex diretor do Programa de Estudos de Mídia Comparada da Massachussetes Institute of Technology, acredita que a participação ativa do público é algo inevitável, sendo a cultura participativa o futuro digital.
As narrativas transmidiáticas devem ser autônomas em cada meio, para que públicos distintos sejam alcançados e atraídos. Assim, a publicidade realiza-se com maior eficiência, tendo como grande aliada o conteúdo transmídia, que incentiva o consumo do público. Transmedia storytelling, se refere, resumidamente, a possibilidade de se contar histórias através de múltiplos meios, tendo na participação popular uma grande contribuição.
E vocês, o que acham?  
Fonte: Thuanne Silva

1 comentários:

ANA CAROLINA disse...

LEGAL!!

Postar um comentário